Existem dezenas de erros de segurança em ISPs e você sabia que 78% dos provedores de internet sofreram pelo menos um ataque DDoS em 2024, segundo levantamento da NETSCOUT (fonte: NETSCOUT Threat Intelligence Report 2024)? O número reforça uma realidade preocupante. Mesmo com investimentos crescentes em infraestrutura, muitos ISPs ainda cometem falhas estratégicas de segurança que os tornam alvos fáceis de ataques cada vez mais sofisticados.
A boa notícia é que a maioria desses erros pode ser evitada com planejamento, visibilidade e decisões técnicas orientadas por especialistas. Veja a seguir os 5 erros de segurança mais comuns cometidos por ISPs e como evitá-los de forma prática e eficiente.

Por que os ISPs são alvos constantes de ataques?
Os provedores de internet (ISPs) são alvos estratégicos porque controlam o acesso à conectividade e trafegam grandes volumes de dados. Isso os torna pontos críticos para criminosos digitais que buscam interromper serviços, extorquir empresas ou testar novas técnicas de ataque.
Além disso, muitos ISPs ainda herdam infraestruturas antigas, com pouca segmentação e processos manuais, o que cria brechas de segurança. A combinação de alta exposição, legado técnico e falta de visibilidade unificada é o cenário ideal para ataques bem-sucedidos.
Mas afinal, onde estão os erros mais comuns e o que pode ser feito para evitar que eles prejudiquem a operação?
Erro 1 — Subestimar a importância da mitigação DDoS
Um dos erros mais graves está em tratar a mitigação DDoS como opcional. Muitos ISPs acreditam que firewalls e roteadores de borda são suficientes para bloquear ataques volumétricos, mas isso está longe da realidade.
Ataques DDoS atuais ultrapassam facilmente 5 Tbps de tráfego, algo impossível de conter apenas com equipamentos tradicionais. A ausência de uma estratégia de mitigação dedicada pode gerar minutos ou horas de indisponibilidade, o que resulta em perdas financeiras, multas contratuais e danos à reputação.
Como evitar:
Invista em soluções de mitigação DDoS escaláveis, preferencialmente com arquitetura híbrida, onde parte da defesa ocorre localmente e o restante na nuvem. Além disso, conte com especialistas como a Protectum para planejar políticas de redirecionamento e resposta imediata a ataques.
Erro 2 — Falta de segmentação e visibilidade na rede
Outro erro recorrente é operar a infraestrutura sem visibilidade granular sobre o tráfego. Sem segmentar redes e monitorar fluxos, o ISP perde a capacidade de detectar comportamentos anormais e identificar a origem de um ataque.
Em muitos casos, o ataque já está em andamento quando o time técnico percebe a lentidão, o que atrasa a reação e amplia os danos.
Como evitar:
Implemente ferramentas de monitoramento centralizado e segmentação de rede por função ou cliente. Isso aumenta a capacidade de isolar problemas e reduz o impacto de um ataque. Integrar sistemas de análise comportamental e inteligência de ameaças também é fundamental.
Erro 3 — Confiar apenas em firewalls tradicionais
Os firewalls convencionais são essenciais, mas sozinhos não garantem proteção contra ameaças modernas. Muitos ISPs ainda utilizam apenas bloqueios de portas ou regras estáticas, o que é insuficiente contra ataques multivetoriais ou camadas de aplicação.
Além disso, a sobrecarga no firewall durante um ataque DDoS pode torná-lo um gargalo, causando indisponibilidade antes mesmo que o tráfego malicioso seja filtrado.
Como evitar:
Use camadas complementares de defesa, como sistemas de detecção de intrusão (IDS), filtros inteligentes de tráfego e soluções especializadas em mitigação DDoS. A integração entre essas camadas reduz o risco de falhas. A Protectum oferece modelos de defesa modular que se adaptam à infraestrutura de cada ISP.
Erro 4 — Ausência de políticas claras de resposta a incidentes
Quando ocorre um ataque, cada segundo conta. No entanto, muitos ISPs não possuem um plano de resposta estruturado, o que leva a decisões improvisadas e comunicação falha entre equipes.
Sem um protocolo pré-definido, o tempo de reação aumenta e o impacto financeiro se agrava. Em ataques coordenados, essa ausência de processo pode comprometer contratos e até a confiança dos clientes.
Como evitar:
Defina um Plano de Resposta a Incidentes (PRI) que inclua papéis e responsabilidades, contatos de emergência, fluxos de comunicação e procedimentos de escalonamento. Realize simulações periódicas de ataques para avaliar a prontidão da equipe e atualize o plano conforme surgem novas ameaças.
Erro 5 — Não investir em monitoramento contínuo e inteligência de ameaças
O último erro é tratar a segurança como uma ação pontual, e não como um processo contínuo. Muitos ISPs reagem apenas quando o problema já ocorreu, sem aproveitar a enorme quantidade de dados que o próprio ambiente gera diariamente.
Sem monitoramento ativo e inteligência, o provedor não consegue antecipar ataques nem detectar tendências, ficando sempre em posição reativa.
Como evitar:
Adote plataformas de monitoramento em tempo real e análise preditiva de tráfego. Combine isso a fontes de inteligência de ameaças que ajudem a identificar padrões globais e ajustar as defesas de forma preventiva. A Protectum oferece soluções que unem visibilidade, correlação de eventos e resposta automatizada.

Tabela comparativa: práticas inseguras vs. práticas ideais
| Aspecto | Prática Insegura | Prática Ideal |
|---|---|---|
| Mitigação DDoS | Reação manual após o ataque | Mitigação automatizada e escalável em cloud e local |
| Segmentação de rede | Rede única sem separação de fluxos | Segmentação por serviço, cliente e função |
| Ferramentas de segurança | Apenas firewall tradicional | Múltiplas camadas de defesa integradas |
| Resposta a incidentes | Sem plano formal | Plano de resposta testado e atualizado |
| Monitoramento | Análise eventual de logs | Monitoramento contínuo e inteligência preditiva |
Como os ISPs podem fortalecer sua postura de segurança?
O primeiro passo é reconhecer que a segurança é parte essencial da operação, e não um custo extra. ISPs que tratam o tema com seriedade evitam interrupções, reduzem perdas e reforçam a confiança dos clientes.
Algumas ações estratégicas incluem:
Avaliar vulnerabilidades internas: faça auditorias regulares e testes de penetração.
Investir em capacitação: treine equipes técnicas e operacionais.
Automatizar respostas: reduza o tempo entre a detecção e a mitigação.
Buscar apoio especializado: empresas como a Protectum oferecem soluções completas de proteção e mitigação DDoS, ajustadas às necessidades de cada provedor.
Você já avaliou se sua rede está realmente pronta para enfrentar um ataque DDoS de grande escala?
Conclusão
Evitar esses cinco erros de segurança é um passo decisivo para que ISPs mantenham seus serviços estáveis, seguros e competitivos. A segurança da informação deixou de ser um diferencial e se tornou um pilar essencial para a continuidade do negócio.
Planeje, previna e proteja. E se ainda houver dúvidas sobre como estruturar uma estratégia eficiente de proteção contra ataques, entre em contato com nossos especialistas.


